sexta-feira, 17 de abril de 2015





   3 dias sem fumar e sem beber  (28.08 quarta-feira)


   Nesta madrugada, tive o sono interrompido várias vezes, o cigarro e a bebida estava presente nos meus sonhos. Acordei com medo e em pânico. Que graça viver sem fumar e sem beber ? Me pergunto mas não tenho resposta. Vou ao psicólogo. Não sei bem o que falei durante a consulta, mas devo ter lhe contado as dificuldades que sinto em largar dos vícios, a batalha que venho travando com meu cérebro. À tarde , fui na mãe, ela percebeu minha irritação, mas não lhe contei que havia parado de fumar. Antes de eu sair, ela me deu dez reais, acostumada que está em achar que todos os problemas do mundo se resolvem com dinheiro. Naquele momento, eu precisava de tudo, menos dinheiro. Saí da casa da mãe, não dei muitos passos, comecei a chorar, tudo estava tão sem sentido, vazio, dolorido,   Triste, pensei na solidão da mãe, na sua velhice, nos seus 75 anos, longe de meu pai há mais de 10 anos, sufocando sua tristeza e solidão com cervejas. A mulher forte de outrora, que sustentou 9 filhos, hoje sozinha, dominada pelo vício da cerveja, orgulho e egoísmo emocional. Mas quem sou eu para julgar alguém?
   A vontade de fumar vem o tempo todo, estou agora no meu bar. Aqui, é comum pessoas entrarem fumando. Eu não vendo cigarro em carteira, só avulso. E, acreditem, não é fácil trabalhar vendo o cigarro ali, bem ao teu lado, é só esticar a mão, pegar o fósforo e acendê-lo.
  AiiiiiiiiiiiiiDeus, afasta de mim este cheiro, este copo, este cinzeiro. Neste momento, entra muita gente para saborear meu hot-gog. Paro agora.


 
 

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